quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Entrevista com buscapé blues



me diz teu nome todo e tua data de nascimento

Buscapé Blues: Edwaldo henrique lourenço, 16 /04/66

pq buscapé blues?

Buscapé Blues: o gostar do ser ingenuo jeca tatu o matuto do campo, sem grandes pretençoes

mas quem te deu esse apelido?

Buscapé Blues: buscape dispositivo pirotecnico que sai ziguezagueando rente ao chão e acaba num estouro
eu me batizei assim


faz quanto tempo que tu te envolve com a música?


Buscapé Blues: quis fazer uma banda aos 15 mas n~sabia tocar nem tinha dinheiro para o instrumento

e ai o q fez ?

Buscapé Blues: gamhei uma flauta doce aos 16 e comprei uma viola velha aos 17

e a banda veio ai?
Sent at 21:05 on quinta-feira

Buscapé Blues: não so aos 20 anos mas ninguem sabia tocar
com o tempo fomos fazemdo uns rifs

e a banda veio ai?

Buscapé Blues: não so aos 20 anos mas ninguem sabia tocar
com o tempo fomos fazemdo uns rifs
e ai tocamos no waldemar henrique dando porrada na guitarra
a galera gostou e eu fiquei maravilhado ate no dia seguinte

me diz ai quais as tuas influencias musicais?

me diz ai quais as tuas influencias musicais?


Buscapé Blues: levava uma vida fudida era detetizador, tinha saido de casa, morava num quarto miseravel
pior doque o quarto do van gogh

me diz ai quais as tuas influencias musicais?

tem de tudo harde rock dos anos 70 led black sabath ac dc
gosto do rock brasileiro tambem
de musica brasileira

e as literárias? filmes e tal?

Buscapé Blues: leio pouco houve uma epoca, por n~ter o q fazer me associei a biblioteca de ananideua
li uns classicos tpo eça queiros , machado de assis, gostei muito do jorge amado
mas n~tenho lido muito utimamente

mas eles te influenciaram de alguma forma?

Buscapé Blues: n~sei talvez augusto do anjos

Buscapé Blues: talvez institivamente quando criaça la em casa escutavamos caetano secos e molhados stones, a galera em casa faziam teatro e meus tios tocavam em banda
talvez venha dai
ou de vidas passadas
mas não estudo musica toco

me fala um pouco como tava a arte no periodo em que tu começou?

Buscapé Blues: era aqueles ie ie ie dos anos 80 com a blitz cazuza biquini cavadão
mas eu era head benger
metaleiro radic
n~gostava que me chamassem de metaleiro
outros setores não via
não tinha como ninguem me entendia nem incentivava
por mais que eu quisesse ser pintor poeta musico
não podia
não sabia o q ia comer, nem como me vestir, nem onde morar
arte é coisa de burgues

Buscapé Blues: encontrei uns amigos no final dos anos 80
a trupe the quatro pra cena
Buscapé Blues is typing
eram muito inrreverentes autênticos
eles me incentivaram bastante

e como tá a cena hj?

Buscapé Blues: O Ná ta dando uma força na gravação de um cd, atecnologia melhorou estamos tocando com instrumento melhore
mas a musica ta virando um hobi
trabalho de boy aos 44 de idade num escritorio
to pensando em estudar administração
e ser empresario
ja aconteceu antes??



sábado, 11 de setembro de 2010

entrevista com ckalu, artista plastica de belém





ckalu é artista plástica desde sempre, vagando pelos caminhos tortuosos da arte e da vida ela trabalha com telas, cartões telefônicos, camisas e muitos outros objetos que transforma em arte, hoje ela mora no Ceará e anda produzindo por lá.

diz teu nome completo e tua data de nascimento?

Carmen Lucia Barbosa 28/novembro/1965

como a arte entrou na tua vida?

quando eu nasci um anjo desses torto que gosta de viver na sombra me olhou e disse vai Calu ser arte na vida

tu começou fazendo o que exatamente?

desenhando aos 5 anos de idade eu sempre gostei de historias em quadrinho, então gosto muito de miniaturas, dai meu interesse pelos cartões telefonicos e tbem pela reciclagem

comecei a desenhar cartões postais em 1995 quando fui estudar pedagogia em Cametá, mas sempre pintando camisas ...
Em Julho de 2000 fiz minha primeira exposição no BAr Teatro Carpedien, era lá na Pça Amazonas

e existe ja em 1995 algum movimento artistico organizado em belém?tu chegou a participar de algum?

sim na ufpa com a Galera do NPC13:01cheguei a participar no projeto nem tudo que pinta na beira é sujeira13:02e algumas participações no PICHANDO ARTE

tu também grafita?

sim, apesar de minha resistencia as tintas de spray....
inclusive agora to produzindo uns cds reciclados a partir da tecnica do grafite em experimento pincel e grafite

comenta um pouco sobre a cena de hoje pra arte?

Mas acho legal que em Belém o artista ainda tem liberdade de circular nas ruas e praças...Em Fortaleza tem que ser cadastrado


e a tua mudança pro nordeste fala ai um pouco, foram motivos artisticos ou nao?


Com certeza tbem foi expandir meu universo e conhecimentos . O nordeste e famoso e Rico nas artes

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

entrevista com mc lobão

lobão é mc do bairro da terra firme em belém, onde montou seu estudio quarto abafado para a divulgação de trabalhos de artistas do hip hop, ele também é tatuador e tem influencias musicais como planet hemp e literárias como do monteiro lobato e tatuagem com fernando, influencias que fazem com que trabalhe constantemente produzindo cds solos e coletâneas.




qual é o seu nome e sua data de nascimento?

wuoskley t. silva
18/07/83

como se deu o seu primeiro contato com o hip hop?

pow coisa meio loka, tipo nos foi em 97 com o grupo já extinto PLANET HEMP
eu escultei e fui naquela de proteito e liberdade de expressão ai fui desenvolvendo
com amigos saca fazendo umas rimas pela rua


me fala um pouco sobre como vc desenvolve seu trabalho
.

to desenvolvendo meu trampo tipo 100% independente em casa faço umas paradas de edições de video da galera e faço meu trampo mas ou menos assim

quais são as tuas influencias na música?

pow na real são muitos mas os caras que me influenciaram mas foi os cars do planet hemp, tipo o d2 , b.negão, black alien e jacksom entre outros


e na literatura e artes plasticas tem alguem?


leitura tem o monteiro lobato que é muito foda
malcon x, nelson mandela e artes plasticas como sou tatuador tambem
posso citar o mordente
paulo fernando

o que te levou a escolher a tatuagem pra trampar?

pow primeiramente foi que gosto de desenhar
e segundo foi que me indetifico com essa art milenar

e tu como um morador da terra o bairro considerado o mais violento de belém consegue ver na arte algum meio de colaborar através da arte pra que essa realidade mude?


sim é claro
a art é um meio de que as altoridades incopetentes vejam os problemas da t.f
e de toda a periferia

mas que tipo de ação seria possivel? o movimento hip hop tem uma tradição de contestação e de ação nas periferias do brasil, porque aqui não está mais agindo?

em geral tipo o hip hop de belem ta evoluindo mas ainda falta muita coisa pois a cultura do pará querendo ou ñé´o brega ai fica dificil mas o movimento ñ desiste numca nesses 3 anos que tenho fazendo rap ja lancei uma coletanea de rap paraense que nimguem tinha feito no pará, tenho um cd solo que ta no forno com 11 faixas
que logo logo ta na rua





pos é
eu fundei um mini studio chamado QUARTOABAFADO
que tem em primeiro lugar
fazer a divyulgação do rap paraense

aos 70


Aos 70
Morri aos 70 quando decidi parar com aquilo que mais gostava de fazer, hoje não fumo mais, não bebo mais, não uso mais nenhum tipo de droga, não sei muito bem como suportar isso, mas sei eu foi tudo por uma boa causa, meus filhos estão precisando de mim, na verdade mais meus netos e bisnetos, todos eles são doentes, sofrem de um mal do qual sempre fugi, um mal que me preocupa terrivelmente, que me angustia muito, eles sofrem e muito, mas não conseguem perceber, gemem de dor, as feridas são visíveis e corroem suas peles assim como suas almas.
Um dia quase peguei essa doença, eu era criança e andava brincando de boneca, deveria ter uns cinco anos, minha mãe dizia, “minha filha” e se orgulhava de mim, era a década de 1940 e todos estavam me preparando para a inocência e o casamento, eu não sabia porque mas sempre eu ouvia aquela palavrinha,”casamento”, um enjôo batia em mim e eram náuseas muito fortes, não sabia explicar como, mas ficava de cama e nem mesmo conseguia fazer a ligação com a tal palavra que até hoje me causa aquela horrível sensação, essa percepção só consegui com o tempo, então concordava com tudo que me diziam , estavam conseguindo me corromper, já tinham até um homem em vista pra mim, era um tanto mais velho, tinha uns vinte anos e esperaria até minha aprendizagem se completar e mais ou menos uando eu tivesse uns quinze anos, “tudo BM”, eu disse e continuava brincando de boneca com minhas amigas que também estavam sendo preparadas para o tal feito fatal, mas tinha uma, apenas uma que também sentia náuseas ao ouvir aquela palavra que não me atrevo a repetir, parecia até castigo, ela era uma ano mais velha e seus sintomas iam além dos meus, ela ficava com o corpo todo empolado toda vez que sua mãe dizia aquilo, mas nós éramos apenas crianças e concordávamos até nosso enxoval estava pronto, tínhamos os noivos, só faltava crescer e domesticar.
Meu pai...um calado, mas sempre me deixou ler livros que minha mãe proibia e nunca dizia aquela palavra ridícula, então eu e minha amiga decidimos tê-lo como aliado, pois o pai dela era como a mãe e queria apenas vê-la casada, tudo isso aconteceu quando eu já tinha 10 anos, meu casamento se aproximava e parecia que o objetivo principal de minha mãe seria alcançado, no entanto ela não percebia que apenas fingia ter ter aprendido a ser inocente, fingia muito bem que gostava de cozinhar e que gostava de fazer todas aquelas coisas que tinham me ensinado no processo de domesticação, mas na verdade eu e minha amiga detestávamos tudo, inclusive o fato de minha mãe forçar meu pai a participar como seu cúmplice da toda aquela palhaçada.
Mas...tudo um dia acabou...ainda quando eu tinha dez anos na festa de aniversário da minha amiga...minha mãe odiou o corte de cabelo que tínhamos feito, a mãe dela desmaiou principalmente quando perceberam que não estávamos de vestidos como duas bonequinhas como gostavam de nos chamar, parecíamos mais com dois meninos qe corriam de um lado pro outro sentindo o vento da liberdade, fomos trancafiadas numa escola interna onde conhecemos uma coisa chamada cachaça, as freiras tinham umas garrafas escondidas na cozinha embaixo da pia, então...descobrimos e ainda conhecemos mais meninas que compartilhavam de nossas idéias , mais três, ai sim ficou muito bom, descobrimos como sair e voltar do forró que tinha bem ao lado da escola, foi perfeito, aprendemos a fumar, uma das meninas já sabia e tinha uns “aviões” como se diz hoje que comprava o cigarro e outras coisitas mais pra nós.
Aprendi ali a ser louca, ai vi que a sobriedade é um porre, conheci um cara e dei meu primeiro beijo, escrevi uma carta pra minha mãe “querida mamãe”... ai esculachei disse que não queria mais casar, nem cozinhar nem nada daquelas coisas, cai na esbornia de vez, isso eu tinha quinze anos, aquela escola ou convento ou seja lá o que for foi o céu, um verdadeiro paraíso achado, fiz de tudo lá dentro até meu primeiro filho, as freiras queriam tirar ele de mim, mandei todo mundo se fuder, papo é esse, o filho é meu e quem fica com ele sou eu, fugi, me fudi, mas...to aqui num to?
Aqui fora sim a bagaça foi grande, conheci homens de verdade, ladrões, vagabundos, idiotas que não sabem respeitar uma mulher, me prostitui, voltei pra escola, uma pública de boa qualidade, mas vi que definitivamente aquilo não era pra mim, estudar me tira a liberdade, sempre os homens, o submundo era melhor e também tinha meus filhos, já tinha vinte e cinco anos e dois filhos, aqueles dois lá e ainda nenhuma filha, isso até me enfurecia, hem? Quem? O pai? Minha filha eu já não sabia mais nem do meu, achei melhor deixar eles pra lá junto com todo o meu passado, mas hoje sinto falta deles, dos dois, queria que minha mãe estivesse aqui pra servir de exemplo pra meus filhos de como não se comportar, enfim...
Quando fiz trinta anos dei uma imensa festa, muita bebida, eu tava querendo entrar pro movimento da moda, o hip, tinha largado a prosituição, me disseram que eu tava velha pra isso, concordei, enchi o saco daqueles otários, peguei meus panos de bunda, meus filhos, um com quinze e outro com dez, disse mais uma vez foda-se e fui ser empregada domestica numa casa de bacana, mas enfim, minha festa de trinta anos fez muito barulho, sexo, drogas e rock in roll, a entrada dos hips foi proibida não queriam minha presença no movimento porque eu era estranha e mito radical, virei revolucionária e joguei uma bomba no filho da puta do presidente, mas errei o alvo e matei o dono da loja que ficava lá perto, ai desisti dessa caretice também e revolucionei minha vida.
Mas, o problema todo são meus filhos, quando eu tinha uns trinta e cinco tive uma menina e minha frustração acabou ou quase, acho que tava me preocupando muito comigo e esqueci dos meus filhos, o mais velho entrou pra universidade e saiu de casa, andava com uma camisa de botão por dentro da calça, um óculos fundo de garrafa e sempre lendo, no começo era bonitinho, todo dinheiro que eu pegava investia neles, queria mesmo que conseguissem ter um futuro, ai pensei de novo na minha mãe , aquela situação querendo me prender e me transformar, talvez ela tivesse realmente conseguido e eu estava me transformando nela querendo prender meus filhos, então liberei geral, ai o mais velho assumiu o irmão, que sempre gostou mesmo de imitar tudo o que ele fazia e não gostava muito do que eu fazia, até mesmo a irmã ele queria levar, era como um pai para os dois, então tudo estava em paz, deixei pra lá, continuei trabalhando feito uma condenada e dando todo o dinheiro pra eles, disse pra mim que fudidos como eu eles não seriam, os dois começaram a trabalhar e eu continuava com minha filhinha que até ai não apresentava sinais da tal doença, era ainda muito bebê, mas com o tempo o irmão se apossou dela e ela também foi contagiada, horrível, minha menininha, que coisa, virou evangélica com a influencia da cunhada...terrivel isso me doi o estomago.mas naquele momento foi bom ele ter levado, assim podia trabalhar melhor e curtir de novo e melhor, mas ai não sei...me deu um aperto no peito, um choro que não parava, resolvi, isso é saudade, tava quase careta a um ano , quase viro freira parecia até que eu era vier de novo, o que é isso? Não pode.
Ai sai cantando numa bela noite de sábado, “boemia aqui me tens de regresso”, foi um show, encontrei os amigos todos, aquela cachacinha mineira que me dar água na boca só de pensar, larguei o emprego nesse dia e montei uma casa, meninas de excelente qualidade, freguesia certa, foi romântico e foi bom, curti muito, namorei muito, namorei não namoro, mas...meus filhos...
Na verdade, essa é uma doença que faz parte da minha família a gerações, mas graças a deus e nossa senhora, tenho muita fé nela, sabia? Eu não tenho essa desgraça, mas tans feri tudo para meus filhos, mesmo me preocupando de fazer um com cada pai, foi tudo muito bem planejado aqui dentro da minha cabeça, mas ai olha o que aconteceu, meu deus, isso é horrível, terrível, que sofrimento...não aguento mais, cadê minha garrafa, preciso me aliviar e só a mineirinha pra isso.
Pois bem, só agora depois de todo esse tempo vim me tocar dessa situação, perguntei pra minha filha quantos homens tinham passado em sua vida e deitado em sua cama, a resposta me deixou besta, um horror, ela tem trinta e cinco anos, teve um único homem, perguntei das festas, talvez ainda tivesse salvação...preciso de um gole...não gosta de festas... percebi enfim...minha filha ta doente e ai sai perguntado aos outros e vi que não ensinei...isso me deixar sem ar...nada pra eles...são todos ... como dizer?....ca...re...tas, tem que dizer em voz baixa, vai que isso te deixa doente também, me dar minha garrafa pra cá ta pensando o que...me acende um cigarro ai...esse pessoal me arranca o gosto pela vida, o que faço?

Leila Leite.
Em:01-09-2010

quinta-feira, 11 de março de 2010

ENTREVISTA COM A ATRIZ E PERFORMER GEYSI DIAS



eu:como tu chegou até a arte?

geysi :foi mais uma necessidade q um 'chegar' simplesmente;...desde moleca...
pensava q a arte me puxava...pelo ambiente q me encontrava...no lance de alternativa msm sabe?!? ou ia ficar na beira da rua fazendo o q?!? então veio a possibilidade de fazer no colégio..através do prof. shalon...
com o otávio freire 1º...depois por conta própria..


eu:qual foi a arte que mais te chamou a atenção?

geysi : gosto msm do teatro de rua...
aquele q dá a conotação de teatro do povo para o povo, sabe...q encara a realidade de frente...mostra mazelas...afronta o q de + podre há nos poderes...essas coisas..

eu:quais os teus autores de influencia?

geysi:olhaaa...o augusto boal, né...é o deus..do teatro de rua...msm pq ele vem todo embasado no paulo freire...q é o pai da pedagogia do oprimido...boal e o teatro do oprimido..+ ai vem o brecht tb
e em 2008 descobri um doido..
literalmente...dramaturgo e louco
brasileiro tb...do sul..Qorpo Santo..
du caralllll...falei dele p tu...lembras?!?
q lebro agora só..
além dos amigos e conhecidos q tem produções alternativas...


eu:fala um pouco de alguns trabalhos teus

geysi:
olha...comecei cedinho c isso..
tipo 11 anos..o 1º foi um infantil..
uma graça...guerra entre fadas e bruxas..
eu fazia uma fada..dai..vieram tantos outros..a grande maioria textos originais de otávio freire...adaptados p minha turma no brigadeiro fontenelle(escola)...
com otávio fiquei de 1998 a 2000
montávamos peças baseadas no q otvio denominava de teatro do absurdo...
+ tinha um outro nome..
ops...na verdade é paradoxo do impacto
uma viagem q ele criou p denominar seu trabalho...aprendi muito com ele..
de técnica a arte dramática...
otávio é bom..tem conteúdo...
representa bem a arte como instrumento de transformação na terra firme...
pois bem...dele fui p grupo maromba do ramon stergman...q faleceu em novembro passado...c ramon fiz uns 5 trabalhos...

eu:fala dos coletivos que tu participou participa

geysi :então... pois é... os coletivos...
foram e são fundamentais p minha atuação e articulação militante... do churume...
ñ participei muitooooooooo como outros...
ia nos varais...acompanhava...
no marginalia foi + intenso... realizamos o projeto 'venha ver a utopia acontecendo.' na ufra... c o apoio do sintufra...
e com o marginalia fiz meu 1º monólogo...
um desafio... p alguem q como dizem alguns..
tem medo da arte... + fiz...
em 2008 ops..
2009 compus c outras galeras... o coletivo enecos pará... da executiva nacional de comunicação social... eu sou estudante de jornalismo... então... com o encontro regional q promovemos em abril de 2009
tomamos fôlego p construir nosso coletivo aqui..e ser referencia nacionalmente..
participamos da construção do encontro nacional em fortaleza em julho passado..
e construímos o congresso brasileiro em são paulo em janeiro deste ano..
a enecos..
tem uma relação c os movimentos sociais q me agrada e me aproxima muito...
temos o lúdico como proposta de intervenção social...
e na abertura do cobrecos participamos com uma performance..
eu declamei gog - rapper BSB/DF e eduardo galeano..
foi show..agora assim...
voltando aos autores..tem muita gente boa q me inspira...tenho me relacionado seriamente c o verissimo, c o caio f. e com o bivar...
das mulheres...ainda levo p cena a martha medeiros...
pq a leila leite eu uso sempre. né...

eu:então qual foi o teu ultimo trabalho, quando, do que tratava?

geysi:em janeiro passado... na abertura do COBRECOS em SP
foi uma intervençao simples...

eu:simples como?

geysi: q falava sobre as relações de poder na sociedade contemporânea, a logia cruel do capitalismo...q nos introduz um modo de vida maquinizado...sem vida paupavel...
sem direitos humanos... sem amor...tivemos sergipe,ceará, pará,cada um representou alguma figura social...o louco
o trabalhador o pobre, esquecido nas periferias...a mídia como instrumento de controle e manipulação...e por ai foi....usamos...mauro iase
galeano
gog

eu:e pq o jornalismo como academia e não a arte?

geysi:e...marti-cubano tudo...então..jornal é sonho de infância...além do q...além do medo q tenho da arte...sem se entregar a espetacularização e exposição banalizada da imagem...ninguém consegue sequer sobreviver da arte...então...tem tb o lance de ter uma bomba nas mãos né....
organizar veículos de comunicação te permite desconstruir conceitos..
isso num tá desatrelado da arte...

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

ENTREVISTA COM JURACI SIQUEIRA


ANTONIO JURACI SIQUEIRA, UM POETA ADMIRADO POR TODOS OS ARTISTAS E NÃO ARTISTAS QUE O CONHECEM




eu- Juraci, no Afuá já produzias os teus livros ou isso foi uma coisa que começou muito depois, já em Belém?

juraci- Vivi até os 16 anos na localidade de Cajary, município de Afuá, mas lá não produzi nada, apenas tive contato com a literatura, principalmente com a literatura de cordel. Escrevi alguma coisa em Macapá, onde morei de 1965 a 1976 quando vim morar em Belém onde, a partir de 1978, com meu ingresso no curso de Filosofia na UFPa.,, comecei a escrever e publicar nos painéis do Campus Universitário.

eu- Por que a tua retirada pra Belém? Como se deu e quando?

juraci- Vim a Belém em 1976 para tratamento de saúde de uma filha. Como o tratamento era prolongado, resolvi vender uma casa que tinha em Macapá e me ficar definitivamente em Belém.

eu- Por que o cordel?

juraci- Foi a literatura que mas tive contado quando morava no Cajary. Além do mais, meu avô José Abdon contava muitas histórias versificadas e cantadas, oriundas dessa literatura. Quando comecei a escrever não atinava o porquê da minha tendência para a rima e a metrificação. Quando a “ficha” caiu, é que passei a me interessar ainda mais por esse gênero da poesia popular, estudando e cultuando os grandes mestres do passaado.

eu- Quais os autores que te influenciaram ou te influenciam literariamente?


juraci-
As influências foram e continuam sendo uma constante em minha obra. De cordelistas como Leandro Gomes de Barros a poetas como Jorge de Lima, Thiago de Melo...

eu- Tu tens uma posição bem regional nos trabalhos e mesmo no teu comportamento e forma de se vestir, então me diz: te consideras um autor regionalista? Como tu vês essa questão do regionalismo dentro da arte?

juraci- Geralmente o artista reproduz em suas obras sua própria vivência. E eu, por ser oriundo do interior do Marajó, minha vivência é interiorana, ribeirinha, logo, é natural que em meus poemas, contos, crônicas, etc., eu expresse a minha visão cabocla da realidade. Vejo o regionalismo na arte como forma de expressar vivências. Em assim não sendo, caímos na “regionalice”, isto é, no falso regionalismo e apelações, tipo rimar açaí com tucupi ou Pará com tacacá...

eu- As tuas criticas são bem diretas na poesia. Consideras que é importante pro artista ter um engajamento político?

juraci- Importante mas não necessário. A arte engajada precisa ser consciente e muito bem trabalhada para não cair nas “mesmices” que abundam por aí. Até porque uma boa causa não salva um mau artista.

eu- Fala um pouco de datas: em que ano mais ou menos começastes a escrever?

juraci- O primeiro trabalho datado que conservei comigo, é uma letra de música com a qual concorri no III Festival Amapaense da Canção, em 1875. Trabalhos publicados em jornal datam de fevereiro de 1980 e meu primeiro livro, “Verde Canto”, foi publicado em 1981.

eu- Chegaste a ser perseguido e censurado pela ditadura militar? Conta ai um pouco de como se dava o trabalho de um poeta naquela época conturbada e cheia de atropelos.

juraci- Não. Quando comecei a escrever e publicar, a fase mais feroz da “dita dura”, e põe dura nisso, já havia passado. Peguei a fase mais branda, a da “abertura” do General João Figueiredo. Cheguei a escrever sátiras no Jornaleco de A Província do Pará e no PQP- um jornal Pra Quem Pode, do jornalista Raymundo Mário Sobral sem ser incomodado.

eu- Por que os livros artesanais? Ainda os produz?

juraci- Por ser essa a forma mais fácil, barata e autônoma que encontrei para divulgar e comercializar meu trabalho. Mesmo já dispondo de editora, vou continuar a produzi-los por ser, também, uma forma de preservar minha produção.

eu- Hoje estás na internet em todos os possíveis canais, como vês o papel da internet na divulgação da arte?

juraci- A Internet, como a televisão, o rádio ou qualquer outro meio de comunicação são instrumentos a serviço do homem. O usuário é que fará o bom ou o mau uso deles. Como uma faca que se usa para cortar legumes ou para matar alguém. A Internet, se bem usada, é um poderoso instrumento para a produção e divulgação da arte.

eu- Tu te consideras um artista marginal?

juraci- Faço minhas as palavras do poeta Clei de Souza: - “Marginal é o caralho!”

eu- Para finalizar: Podes me dizer a data de teu nascimento?

juraci- Claro que posso. Até porque nem aparento a idade que tenho: no próximo dia 28 de outubro estarei completando 62 anos de idade! E isso num corpo e 40 com cabeça de 30. (Risos)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ENTREVISTA COM DJ FANTASMA




DJ FANTASMA FAZ PARTE DO MOVIMENTO HIP HOP, MORA NA PEDREIRA E TEM UMA VISÃO CRITICA DO CENÁRIO CULTURAL E DA REALIDADE SOCIAL

eu:quais as tua sprinciis influencias na música nacional, mundial, local?

dj fantasma:Nacionais são: Costa a Costa, Jackson, Tim Maia, Cassiano, Máfia Nortista, Raul Seixas, Chico Buarque, Zé Ramalho, Jorge Ben, DJ Hum, Bezerra da Silva, Sabotage, RZO entre outros. Na música mundial posso citar Bob Marley, Crooked Stilo, Daddy Yankee, Don Omar, Tego Calderon, James Brown, Dr, Dre e muitos outros. E local Verequete, Dona Onete, DJ Morcegão e os MC's e grupos de Rap de Belém

eu:quando tu começou na música?como?

dj fantasma:Começei em 2000, mas me tormei DJ em 2002 quando passei a tocar em pequenas festa de Flash Back aqui no bairro da Pedreira, logo após isso alguns parceiros e eu montamos um grupo de Rap chamado R.I.M.A. fui passando por alguns grupos até que fundei o Clã Real eo selo independente Dabaixada Record's
ondes estamos até hoje

eu: tu ainda mora na pedreira?toca algum instrumento?

dj fantasma: ainda moro na Pedreira sim, e não pretendo sair daqui nunca.Sobre tocar algum instrumento. Os instrumentais que produzo (Rap, Reggaeton) são na sua grande maioria produzidos em softwares de computador. No começo eu produzia na marra mesmo, mas já aprendi a tocar teclado que é base das produções desse estilo, e pra mim facilita porque uso um teclado midi, com ele consigo produzir todos os instrumentos das minhas produções

eu:tu tá envolvido com algum movimento social?

dj fantasma: Faço parte do Movimento Hip Hop NRP (Nação de Resistência Periférica)


eu: tu tem uma filha, é morador da periferia e vivencia a violencia que tá nas nossas ruas todos os dia.como tu acha que isso pode ser mudado?

dj fantasma:
Com uma boa distribução de renda, educação, muita cultura e um sistema penitenciário que re-socialize realmente. Mas para que isso aconteça temos que deixar de vender ou trocar por coisas pequenas nossos votos e analisar com muito cuidado em quem vamos votar.
eu:a gente não se conhece pessoalmente, só pela net, e é interessante ficar sabendo dos teus trabalhos,me diz ai como tu ver a cena de belém para a arte?
dj fantasma:
É verdade mas oportunidades não faltarão de nos conhecermos pessoalmente, bom a cena aqui em Belém é uma mina de ouro que ainda falta ser explorada, tem muitas riquezas artísticas que ainda faltam ser descobertas, existe cada talento por aí que muita gente nem imagina. Mas também existe uma pobreza muito grande de investimento em grana e mentalidade.
O governo e os produtores de eventos só apoiam quem já tá na cena
não abrem espaços para os novos talentos
Aqui em Belém só quem conseguiu quebrar esse sistema foi o pessoal do brega, eu admiro muito o que eles conseguiram

eu:então, vamos continuar falando de arte, quais as tuas influencias na literatura?

dj fantasma: Ferréz, Preto Ghóez e Alexandre Buzo e todos da Literatura Marginal

eu: porque a escolha pelo hip hop?

Dj fantasma: Hip Hop é a cultura de todas as periferias do mundo, então quem vive na rua e para a rua se apaixona por essa cultura.


eu:agora pra finalizar, tu pode dizer qual o teu nome e e tua data de nascimento, como referencia pra galera? e manda os teus blog, log, o que tu tiver pra colocar lá tb

dj fantasma:
Meu nome é Fernando Neves, minha data de nascimento é 01/09/1981
minhas paginas são
www.myspace.com/djfantasmabeats
www.myspace.com/clareal

O DJ FANTASMA É MORADOR DA PEDREIRA E PARTICIPA DO MOVIMENTO HIP HOP EM BELÉM.


eu:ah,só mais uma pergunta
pq Fantasma?

dj fantasma:todo mundo me pergunta isso
e eu nunca consigo responder

eu: nasceu de uma brincadeira?apelido de infância?ou só depois q virou dj?

dj fantasma:nasceu de uma brincadeira de quando eu ainda andava de skate
como eu só vivia sumindo nas sessions disseram que eu parecia um fantasma pq eu aparecia e sumia
aí começaram a me chamar de Fantasma